Descomissionamento de Plataformas
O que acontece quando um sistema de produção chega ao fim? Conheça essa atividade!
E esse é um processo natural da indústria de petróleo e gás – até porque os equipamentos offshore não são eternos. No Golfo do México (EUA), por exemplo, mais de 4 mil plataformas já foram removidas desde 1970. E no Mar do Norte, mais de 170 plataformas já foram descomissionadas.
Um dos grandes aprendizados em nossa trajetória foi elevar a segurança de nossas operações como valor máximo. Por isso, nos preparamos também para essa etapa nos apoiando em nossa capacidade tecnológica, em nossas parcerias e na experiência dos players mundiais.
Há anos, estudamos soluções viáveis para atuar de forma segura e responsável no término de nossas operações. Isso significa que, depois de decidirmos pelo descomissionamento de um sistema de produção, vamos planejar e executar as atividades atendendo à regulamentação vigente, analisando as alternativas viáveis com base em critérios multidisciplinares (ambiental, técnico, de segurança, social e econômico).
E não é só isso. Também vamos nos basear em um vasto material de estudos e orientações sobre as melhores práticas da indústria. Como os projetos de descomissionamento no Brasil são relativamente recentes e apresentam particularidades que podem torná-los mais complexos e desafiadores que aqueles já executados no restante do mundo, é fundamental sermos criteriosos.
Entendemos que as melhores práticas e lições aprendidas da indústria mundial devem ser consideradas, mas soluções customizadas também devem ser desenvolvidas, garantindo a segurança e o respeito ao meio ambiente.
Delimitar o escopo e levantar informações sobre a estrutura que será descomissionada, bem como do cenário socioambiental em que ela se insere.
Analisar previamente todas as alternativas e excluir aquelas que são inviáveis sob determinado critério (técnico, ambiental, social, segurança ou econômico).
Realizar estudos técnicos e socioambientais de apoio.
Avaliar as alternativas, com a participação de grupo multidisciplinar de especialistas, evidenciando as premissas adotadas e a “memória de cálculo”, de forma que toda a avaliação seja rastreável.
Por fim, identificar a alternativa mais indicada.
Modelo verde para destinação das unidades
Desde o final de 2022, nossa destinação de plataformas flutuantes próprias segue o modelo de destinação verde, garantindo a aplicação de regras ambientais e de direitos humanos ao longo de toda cadeia de fornecedores, e assegurando a apropriada destinação final de materiais oriundos do descomissionamento, em alinhamento às melhores práticas da indústria e aos princípios estabelecidos na Carta Internacional de Direitos Humanos da ONU. Ou seja, com foco na sustentabilidade e na garantia de uma destinação sustentável.
Essa política de reciclagem verde para embarcações prevê:
A Petrobras prioriza soluções para continuidade e maximização da produção sempre que possível, o que pode se dar com a extensão da produção dos sistemas instalados, substituição dos sistemas antigos por sistemas novos nos projetos de revitalização das áreas, parcerias tecnológicas ou processos de cessão de direitos (venda) de áreas que não mais se enquadram no portfólio estratégico da empresa.
As próximas plataformas a serem descomissionadas nos próximos anos são P-33 e P-26, na Bacia de Campos; e o FPSO Capixaba, no campo de Jubarte, no Espírito Santo. O Planejamento Estratégico 2024-2028+ prevê o descomissionamento de 23 plataformas até 2028 e mais de 40 outras plataformas após este período. Esse planejamento inclui plataformas fixas e flutuantes, próprias e afretadas, e é revisto anualmente, alinhado ao plano estratégico plurianual da companhia.
O descomissionamento de um sistema de produção contempla diversas atividades, como a adequada limpeza dos sistemas, tratamento e destinação de resíduos atendendo à legislação ambiental, o tamponamento dos poços, a desconexão dos sistemas submarinos e a destinação da plataforma em si, conforme plano de descomissionamento aprovado previamente pelo IBAMA, ANP e Marinha do Brasil.
A maior parte dos custos de descomissionamento refere-se à desativação permanente dos poços, que consiste na instalação de tampões de cimento para isolamento seguro dos reservatórios, com emprego de equipamentos apropriados. A desativação dos poços é uma atividade dominada pela indústria, que possui regulações específicas e guias de boas práticas consolidadas no mundo.
No plano nacional, a Resolução ANP nº 817/2020 é o principal instrumento de regulação do tema e estabelece os requisitos para avaliação e planejamento dos projetos de descomissionamento, e as atividades operacionais atendem a diversos instrumentos regulatórios já existentes. Para cada projeto, são necessárias análises detalhadas para proposição de solução para os três grandes grupos de atividades: destinação da plataforma, tamponamento seguro dos poços e destinação dos sistemas submarinos.
Estas avaliações consideram os aspectos ambientais, de segurança das pessoas e da operação, além de fatores técnicos, sociais, econômicos e de sustentabilidade. Os projetos são submetidos à aprovação do Ibama, Marinha e ANP antes do início das atividades.
Juntamente aos projetos de descomissionamentos, as operadoras devem apresentar um Plano de Monitoramento Pós-Descomissionamento, que é aprovado pelo Ibama, Marinha e ANP. Esse plano depende de variáveis como a característica ambiental da área e as soluções de descomissionamento adotadas.
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